sábado, 4 de janeiro de 2020

dicas de Roube como um Artista

Roube como um artista é um livro sobre inspiração e criatividade.



A verdade é que nada nesse mundo é original. Nada veio do nada.
Tudo é construído/ inventado/ criado usando a combinação dos conhecimentos e experiências
de seus criadores.
A criatividade é soma. Mas também é subtração. Criatividade é olhar em volta, “roubar”
o que te serve e guardar o resto na memória (porque em algum momento servirá).

O “Roube” (como chamo carinhosamente)  dá boas dicas sobre criatividade e eu vou contar
umas aqui para tentar te convencer a ler o livro.

“não se preocupe em fazer pesquisa. apenas busque”. a busca te leva a lugares inesperados. precisamos parar de querer ser 100% originais para entendermos que a influência nos permite
construir coisas incríveis. quanto mais ideias boas coletar, mais ideias terá guardado para quando for necessário. acredite. você está pronto para fazer o que se propõe. faça. “é no ato de criar e de fazer nosso
trabalho que descobrimos quem somos” se você rouba de uma pessoa, dirão que é seu sucessor. se rouba de cem, dirão que você é muito
original. a razão de copiar (ou roubar) é conseguir ver com os olhos do outro. o que nós queremos é
entender como as pessoas que roubamos olham para o mundo. escreva sobre o que você gosta. escreva o livro que você quer ler. faça o trabalho que você
quer ver pronto pratique a procrastinação produtiva tocando projetos paralelos, fazendo coisas que você
considera brincadeira ou executando projetos que não te deem retorno financeiro
(pelo menos por enquanto) faça nada-nada. o ócio criativo existe e ele deixa as ideias fluírem. não descarte ideias e/ou projetos que não parecem adequados para o momento. guarde-os tenha um hobby. fazer algo única e exclusivamente por amor é regenerativo. viaje (mesmo que seja para a cidade vizinha). viajar faz o mundo parecer novo e faz o
cérebro trabalhar com mais empenho esteja cercado de gente interessante. mesmo que virtualmente. cuide de você. você precisa de energia para ser criativo. e a energia que você precisa está
em você, não a desperdice.
                                                                                                                                                                                               

segunda-feira, 8 de julho de 2019

Tá rica, já?

Deixei as meninas trabalhando no evento e saí. Uma moça de outra empresa veio até mim e perguntou se eu não ia ficar lá. Eu disse que não. E aí veio a pergunta: “está rica, já?”. Nem preciso dizer que virei os olhos.
Não, eu não estou rica. Falta bastante para eu me considerar rica. Mas eu tenho uma série de motivos para não ter ficado trabalhando ontem. E vou falar uma só: há uns meses, deixei de ser escrava da minha empresa para poder aproveitar o meu tempo.
Se a empresa não andar sem mim, é porque eu estou falhando. Eu montei um time (de freelas, ok) que eu confio, que se organiza de forma bem parecida com a minha, e que gosta do que faz.
Se eu não conseguir desapegar do trabalho para ter um dia ou outro pra esquecer “das obrigações”, haverá o dia da folga-forçada.
Minha origem italiana complica um pouco, porque essa veia gringa é da filosofia que a gente precisa trabalhar-trabalhar-trabalhar horas e dias a fio. No começo me senti culpada, mas hoje vejo “minha folga” como um presente a mim mesma.
Então hoje, depois de descobrir que tem gente achando que eu tô rica, decidi vir aqui dar umas dicas pra você desapegar do trabalho sem culpa.

  • Por mais que você ame o seu trabalho, você ama fazer outras coisas e seu trabalho não tem ciúmes. Pode fazer que ele não vai reclamar.
  • Você também ama pessoas. Dê atenção à elas enquanto elas estiverem aqui. Conte suas conquistas, seus medos, e ouça, de coração aberto, o que elas lhe contarem e as dicas que lhe derem.
  • Só é possível ver a ilha saindo da ilha. Dar um tempo do trabalho faz bem para você e para o trabalho também. Olhando de fora, sem o corre-corre de quem está envolvido no processo, é mais fácil de encontrar problemas e falhas.
  • Nosso cérebro cria ideias unido as informações e experiências que temos. Se fizermos todos os dias as mesmas coisas, sem nos permitirmos conhecer e experimentar situações novas, será difícil encontrar soluções e incrementar serviços.
  • Saia da bolha. Fora do trabalho você vai conhecer mais gente que pode te ajudar a crescer profissionalmente, mas também gente que pode te transformar em alguém melhor.
  • Leia um livro de literatura, assista um romance, pratique exercícios físicos, vá tomar um café na padaria nova. Esqueça as teorias, esqueça os problemas, esqueça até as soluções. Viva o momento de lazer e divirta-se. Com gosto.
  • Nós podemos viver até os 40 ou até os 100. Mas o dia de hoje não vai voltar.

Apenas garanta que você não está vivendo sua vida só para trabalhar e que você pode criar boas memórias.
Passar dias e mais dias só trabalhando não vai te dar mais dinheiro. Vai te dar horas a menos de sono. Relaxe e aproveite o seu tempo de forma genuína.



sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

#inveja

Esses dias postei um story que me fez pensar. Eu estava no clube, tomando banho de sol de frente pra piscina. Era quarta, umas 4 da tarde. 
Uma galera me respondeu “#inveja”; “eita que vida boa essa” e muitas variações dos termos.

Eu vou dar a real pra vocês: 
1: eu tava no sol à 4 da tarde porque essa época a gente tem pouco evento.  E dá uma agonia fazer nada que vocês não imaginam. 
Eu sou ansiosa, um pouco estressada e bastante preocupada por natureza, e fazer nada é caótico pra mim. Além do psicológico, as contas continuam vindo e o dinheiro não entra.
2: eu amo sol, praia, piscina. Então, o que eu tiver que fazer de “burocrático”, vou fazer no horário que não dá pra ir pro sol. Eu trabalho também viu. 
3: eu não posto foto fazendo faxina, limpando máquina, colorindo açúcar, montando evento. Porque eu não quero aparecer toda suada, cheia de açúcar ou com roupa de fazer faxina. Auto-estima, galera.
4: eu tenho evento hoje. Às 2 da manhã começa a distribuição de pipoca. As 14:30 tenho que organizar as coisas no local da festa. Vou perder o sol da tarde mas tô bem de boa em relação a isso. Na madruga, quem não estiver dormindo ou vendo filme, estará socializando, curtindo o fim de semana.

Gente, minha vida não tem glamour. Mas te digo que ela é perfeita pra mim, eu escolhi fazê-la assim. Claro que eu quero mudar muitas coisas e o tempo todo tô estudando maneiras de melhorar. Todo mundo faz ou deveria fazer isso.
Só que a vida na internet é muito mais bonita e mais fácil porque a gente escolhe o que quer mostrar.
Sem hipocrisia, eu queria poder tomar banho de sol na praia todos os dias e quem sabe, no futuro eu consiga isso - graças às madrugadas trabalhando. 
Quando assim for, preparem seus “#inveja”. Porque se a minha vida cheia de perrengue já é boa, imagine quando eu postar foto do mar todos os dias.



quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

A saga do "é muito caro"

Eu vivo batendo na tecla do preço x qualidade porque eu passo por isso com uma certa frequência.

Quando a gente não se sente muito bem, a gente procura um profissional de saúde. Se for físico, um médico; se for psicológico, um terapeuta. 
A gente sempre procura o melhor, mesmo que o preço seja um pouco mais alto, porque queremos - e precisamos - resolver esse problema que deixa nossa saúde (e desempenho) afetados.
Eu sempre penso assim: vou no médico logo porque se piorar, não vou conseguir trabalhar.

Mas às vezes os nossos negócios também precisam de um profissional pra recuperar a "saúde". Às vezes falta cliente, às vezes sobra cliente mas não sobra dinheiro, às vezes falta processo de qualidade.
Aí procuramos um consultor, uma agencia de PP/comunicação/marketing. Buscamos alguém para potencializar o contato com o cliente.
E a lógica da qualidade tem que ser a mesma de quando procuramos um médico. Se optarmos pelo mais barato, provavelmente, a qualidade do serviço seja correspondente ao preço. 

Escolher um serviço não é a coisa mais simples do mundo.
Serviço não tem estoque e ele não existe antes de acontecer.
Mas a minha dica é:
- estude o mercado
- descobra quem usa este serviço
- peça indicação. (eu nunca indicaria alguém que não vale a pena)

Lembre-se: o muito barato pode sair bem caro.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

mkt de relacionamento não é CRM

O marketing de relacionamento é um dos assuntos, dentro do marketing, que mais me fascina. Acho que porque eu gosto do contato com as pessoas, gosto de ver como a troca de experiências, ideias e conhecimentos podem melhorar qualquer negócio.
Mas antes das grandes teorias, eu sempre lembro da conversa entre a raposa e o Pequeno Príncipe, no clássico de Saint-Exupèry, quando conversam sobre o que é cativar: “significa criar laços”, explica a raposa.
Relacionamentos são as ligações entre pessoas que têm objetivos, valores ou características em comum. Tem a ver com empatia, cumplicidade, solidariedade e confiança. 

Como já falei em outros momentos, CNPJs não conversam, só pessoas conversam. E ninguém é nada sozinho. Todo mundo precisa de alguém para seguir “nessa longa estrada da vida”.
Os relacionamentos fazem parte do núcleo do comportamento humano e são fundamentais para a sobrevivência de marcas e empresas, uma vez que são importantes estratégias de marketing, reduzindo trocas impessoais e necessidades de investimentos em massa.

No caminho dos negócios e do empreendedorismo, relacionamentos são preciosidades que ajudam a abrir portas, a encontrar novas ideias e buscar a melhoria de empresas e marcas. Mas falo de relacionamentos genuínos, que dizem respeito a buscar o sucesso do outro sem interesse futuro… é assim que as pessoas criam laços.

Em Marketing de A a Z, Kotler (2003, p. 133) diz que “o capital de relacionamento é a soma do conhecimento, experiência, e confiança de que a empresa desfruta perante os clientes, empregados, fornecedores e parceiros. Esses relacionamentos geralmente valem mais do que os ativos físicos da empresa.” E eu, despretensiosamente, concordo com o mestre.
Acredito que quanto mais profundo e aberto for o relacionamento, melhor! São de conversas informais e descompromissadas, tipo bate-papo em mesa de bar, que grandes insights e soluções podem surgir.

Enquanto escrevo, penso em um case próximo a mim que aplica o marketing de relacionamento de forma que considero impecável. São relacionamentos tão reais entre fornecedor e clientes que os laços são claros, claríssimos na verdade. Pensando bem, nem devemos usar o termo “marketing de”; só relacionamento mesmo.
O fornecedor: 3G Entretenimento - uma empresa que produz formaturas de Ensino Médio e eventos voltados a esse público.
O cliente: turmas de 30-40 jovens entre 16 e 18 anos: muitas personalidades, desejos e sonhos diferentes dentro de um único cliente.
Imagine você organizar a formatura de milhares de adolescentes e ser adorado por todos eles! A 3G consegue. Como fazem isso? 
A fórmula me parece a mais simples de todas: relacionamentos reais. (Antes que você ache que é algo bem facilzinho, lembre-se da famosa frase de Lispector “Que ninguém se engane, só se consegue a simplicidade com muito trabalho”.)
 Quando cliente e fornecedor se juntam, eles são bons amigos trabalhando por um objetivo comum. Eles falam a mesma língua, eles estão na mesma vibe. Um fala e o outro escuta; e vice-versa. A 3G promove experiências inesquecíveis aos jovens - e as vive junto com eles. 
Os sócios entendem perfeitamente que o marketing é importante demais para ficar apenas no setor de marketing. E toda a empresa vive o que eles prometem. 

E quando a gente fala de entregar um serviço precisamos lembrar que é bem diferente de entregar um produto tangível. Um serviço não pode ser testado antes de acontecer, ele só existe enquanto é executado. Um serviço não tem estoque, ele deve acontecer no momento exato, de forma precisa - e em alguns casos de forma impecável. 
Ao se tratar de serviços que envolvam sentimentos - a exemplo das formaturas criadas pela 3G - nada pode dar errado, já que são momentos ímpares, quando famílias e amigos comemoram juntos uma conquista muito esperada.

Por isso o relacionamento entre fornecedor e cliente se torna imprescindível. Saber qual é o desejo do cliente é a primeiríssima e mais básica etapa. Com esta informação, podemos produzir um produto ou serviço de forma a satisfazer as necessidades do cliente.
Mas superar as expectativas só é possível quando há relacionamentos reais. Quando cliente e fornecedor já criaram laços.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

As pessoas que eu escolho


Eu não sou ninguém pra chegar aqui e dizer o que é certo ou errado. Longe de mim querer cagar tese. Então tô aqui, por livre e espontânea vontade para, despretensiosamente, dar minha opinião a quem chegar aqui e quiser ler essas poucas palavras.

Mais uma vez - eu não sou ninguém pra chegar aqui e… julgar. Mas às vezes a gente precisa. Quando eu tenho que escolher pessoas para trabalhar comigo ou para conviver comigo, eu as julgo. Eu opto por uma em vez de outra. A vida real é assim: a gente tem que se manter no caminho. Mas o lance é eu escolher a pessoa que está mais dentro das características que eu escolhi para estar comigo.

E pra mim funciona assim: antes de eu encontrar bons profissionais, preciso encontrar boas pessoas. Se nossa energia contagia os lugares, prefiro ter energia boa por perto.

Isso tudo, pra mim, tem a ver com gentileza. Eu acho que gente gentil na internet é gentil no trabalho, no mercado, na rua, no parque. Gente gentil dá bom dia pra quem cruza todo dia, respeita o sinal, não fura fila.

Tem a ver com empatia. Empatia é ver com os olhos do outro; sentir a dor do outro, sentar do lado dele e estar presente; é compreender a necessidade e oferecer ajuda com o simples objetivo de amenizar o problema. Quando você o fizer pensando em tirar alguma vantagem, já perdeu o sentido.

Tem a ver com respeito. Para respeitar não precisa concordar, não precisa gostar. Respeitar é entender que as escolhas do outro não são problema nosso. E respeitar também é entender que o nosso espaço/pensamento/vontade não pode invadir/ofender/discriminar a escolha do outro.

Gente gentil é gentil no trabalho. Gente respeitosa no trabalho, respeita o colega na escola, não fala mal do amiguinho, não julga a roupa do outro. Gente empática não se aproveita da boa vontade do outro para crescer no trabalho ou para ganhar seguidores.

Eu não consigo separar profissional de pessoal. Eu não acredito que um bom profissional consiga ser uma má pessoa e vice-versa. Empresas são feitas de pessoas e feitas para pessoas. E nós estamos aqui pelas pessoas. As pessoas à minha volta são todas feitas de sentimento. São corações batendo no mundo.

sábado, 17 de novembro de 2018

Gentileza e empatia

De um tempo pra cá eu tenho ficado mais na supervisão dos eventos do que na “produção”. Chamo alguém pra trabalhar comigo, alguém que confio e que já sabe como funciona o trabalho, e que tem princípios parecidos com os da Cia da Alegria - especialmente o respeito.
Daí hoje, eu estava ao lado de uma máquina de pipoca quando chegou um senhor e perguntou qual era o preço do pacote. Eu respondi, brincando, que era “Cinco reais, mas hoje o Papai Noel que tá pagando”. Rimos e ele disse que então ia querer.
- pode passar aí do outro lado, que esse moço te serve - eu disse.
Ele deu uma resmungada, falando que eu não queria trabalhar por isso mandei buscar com o moço. Mas foi buscar a pipoca. Quando, num tom irônico, ele mandou:
- não quer trabalhar, mas quer ganhar igual aos homens...

Eu expliquei que eu não só estava trabalhando como também era eu quem pagaria o André, que estava trabalhando comigo. Ele perguntou pro André se era verdade. Depois se arrependeu do que disse e pediu desculpas.

Ele pode ter falado sem pensar e sem a intenção de ofender, pode ter se arrependido e pedido desculpas.
Mas quando eu digo que a gente precisa mais do que pensar fora da caixa: a gente precisa sair da caixa é sobre isso que eu falo. 

A gente nunca sabe o que o outro tá fazendo, qual batalha ele tá vivendo. Eu não sei nada da história dele, não tenho como saber o que passa na cabeça dele pra me dizer o que ele me disse. Ele não sabe nada da minha história.
A gente pode imaginar que o cara é filho da put* ou imaginar que o cara só foi infeliz no comentário. 


O que a gente não pode fazer é perder a empatia e a gentileza. E pra mim, essas duas têm que estar dentro e fora da caixa.